quinta-feira, junho 17, 2004

Cápsula:

O FILHO (86)

Parece transitar inteiramente pelas conseqüências de ações irreparáveis que pedem a todo instante, vestígios do esquecimento rancoroso ou da solidariedade egoísta (os quais são basicamente recursos idênticos para superação pessoal ainda travados pelo inevitável nó na garganta), inclusive alternando as idéias de construção (carpintaria = reparação de danos ou fabricação de peças novas de pronto) e desconstrução (a morte do filho = implora por alguma resolução para mãe e pai envolvidos) para endossar o ponto de vista de que é impossível definir uma pessoa (o protagonista) através da glorificação ambivalente: a) do seu desprezo (reação ao novo casamento da ex-mulher, algo familiar está se revolvendo contra a inércia, até quando ele ficará anestesiado? = origina atitudes vigorosas que espantam a comodidade da dor insuperável e a condescendência para si; a invasão do apartamento de Francis seria uma aproximação com que fins exatamente: conhecer as táticas do 'inimigo' para uma 'batalha moral' ou o início do processo do perdão?; o coelho na estrada era fato?); b) da sua compaixão (ratificada maravilhosamente pelo entendimento diretores/objeto no equilíbrio aúdio-visual que confere uma atmosfera de urgência insuspeita às futuras decisões, a nuca de Gourmet é um ás da expressão dramática). Resumindo: cicatrização <--> aceitação --> auto-controle.


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