domingo, dezembro 14, 2008

DEZEMBRO

206. (03 nov) A LIRA DO DELÍRIO (Walter Lima Júnior, 1978)* ****1/2

ZZZ. (05 nov) /SHADOWS/ (John Cassavetes, 1959)*

207. (23 dez) TWO GIRLS AND A GUY (James Toback, 1997) ***

domingo, novembro 02, 2008

NOVEMBRO (adicionado: Coen Bros.)

193. (01 nov) PROPRIEDADE PRIVADA (Joachim Lafosse, 2006) ***1/2

194. (01 nov) GONE BABY GONE (Ben Affleck, 2007) ****

ZZZ. (04 nov) TARTUFO (F.W. Murnau, 1925)*

196. (04 nov) CITY GIRL
(F.W. Murnau, 1930)* ****

197. (05 nov) VINGANÇA (Paulo Pons, 2008) **

ZZZ. (05 nov) TABU
(F.W. Murnau, 1931)*

ZZZ. (06 nov) CASTELO VOGELÖD
(F.W. Murnau, 1921)*

198. (13 nov) LEONERA (Pablo Trapero, 2008)* ***1/2

199. (14 nov) VICKY CRISTINA BARCELONA (Woody Allen, 2008)* **

200. (16 nov) /NORTH BY NORTHWEST/ (Alfred Hitchcock, 1959) ****1/2

W/O. (17 nov) /PATHER PANCHALI/ (Satyajit Ray, 1955)*

201. (18 nov) HISTORY IS MADE AT NIGHT (Frank Borzage, 1937) ****

202. (19 nov) /VERTIGO/ (Alfred Hitchcock, 1958) *****

203. (20 nov) /JOHNNY GUITAR/ (Nicholas Ray, 1954) *****

204. (22 nov) CHOOSE ME (Alan Rudolph, 1984) ****1/2

205. (28 nov) BURN AFTER READING (Joel & Ethan Coen, 2008)* *1/2


quarta-feira, setembro 24, 2008

SETEMBRO & OUTUBRO

N/A. (01 set) STRAVISKY... (Alain Resnais, 1974)*

N/A. (02 set) PROVIDENCE (Alain Resnais, 1977)*

125. (13 set) RECORDAÇÕES DA CASA AMARELA (João César Monteiro, 1989) ***1/2
"Aqui estamos mais uma vez sozinhos. Tudo isto é tão lento. Tão parado. Tão triste", recita em off um enfadado João de Deus enquanto um travelling se desenrola sobre o Tejo. A princípio, não parece "uma comédia lusitana", como credita o subtítulo de Recordações da casa amarela. O breve monólogo de João, alterego do diretor João César Monteiro, discorre sobre os percevejos que o atazanam, os cigarros que lhe faltam, as bananas colombianas que amadurecem (e apodrecem) num piscar, as bolhas que singram por seu corpo. É um discurso desencantado que abre um filme encantador. Monteiro afilia suas digressões, conversas de botequim e sucessivos acintes aos bons costumes à chave surrealista do que se convencionou ter por deadpan. Entre o sardônico e o apiedado, o filme é um meio riso a um só tempo voraz e taciturno.

João de Deus é personagem emblemático do olhar ancorado na sátira e no realismo que percorre as ruas de Lisboa. (E, ao contrário de Monsieur Hulot, outro afamado alterego, aqui não há espaço para o desconforto e o deslocamento; a capital lusitana é claramente a sua musa.) Um anti-herói urbano, de contornos picarescos e patéticos, João de Deus é o adorável vagabundo Carlitos em ruínas, libertino, obcecado por ninfetas e infestado de doenças venéreas. Esnoba as convenções, ri das autoridades como um boa-vida, disfarça-se de policial, dá entrada no manicômio apenas para abandoná-lo em seguida, impelido pelas sábias palavras do amigo Lívio: "Vai e dá-lhes trabalho!"

João foi e não duvido de que tenha dado. As duas horas que precedem um João iluminado, nosferatizado, saudado pela correria de crianças e interrompido pela brusquidão de um fade, são matizadas na simplicidade de um banho de sol num parque ou de conversas entre vizinhos, cada qual em sua sacada. Recordações da casa amarela dedica tempo tanto para as sonatas de Schubert, que atestam a dignidade estilhaçada de nosso herói, como para Quim Barreiros, que o alça à categoria de bufão, algo que não deixa de amortizar e dilapidar seu comportamento destrambelhado e ultrajante como um compêndio de idiossincrasias, que fazem perfeito sentido por serem tão caras ao mundo que Monteiro erige com a força peculiar de suas narrativas.

Dona Violeta, a senhoria carola de João de Deus, diz a certo ponto que "a vida está pela hora da morte". Mas certamente não a vida das personagens dessas Recordações. Sua filha, Julieta, persiste na apresentação de clarinete mesmo debaixo de um temporal; a prostituta Mimi abre o coração e desata reminiscências da terra natal, da mãe e da filha; João adoravelmente insiste num "adorei, adorei, adorei" com sua Lolita. "São os impromptus da vida", esclarece o protagonista, que, cenas depois, emenda: "Tenho mais idade do que sentimento. É minha maneira de ser velho." Do lado de cá parece exatamente o contrário.


126. (19 set) O NEVOEIRO (Frank Darabont, 2007)* ***

127. (22 set) OF TIME AND THE CITY (Terence Davies, 2008)* **

128. (23 set) /MAL DOS TRÓPICOS/ (Apichatpong Weerasethakul, 2004)* ****1/2

129. (23 set) /O MUNDO/ (Jia Zhang-ke, 2006)* **1/2

130. (24 set) INÚTIL (Jia Zhang-ke, 2007)* **

131. (24 set) LIVERPOOL (Lisandro Alonso, 2008)* *1/2

132. (24 set) LA MUJER SIN CABEZA (Lucrecia Martel, 2008)* ***

133. (25 set) MILLENNIUM MAMBO (Hou Hsiao-hsien, 2001)* ***

134. (26 set) DERNIER MAQUIS (Rabah Ameur-Zaïmeche, 2008)* ***

135. (26 set) NA CIDADE DE SYLVIA (José Luis Guerín, 2007)* ****

136. (26 set) DELTA (Kornél Mundruczó, 2008)* **1/2

137. (26 set) LA FRONTIÈRE DE L'AUBE (Philippe Garrel, 2008)* **1/2

138. (27 set) VOCÊS, OS VIVOS (Roy Andersson, 2007)* **1/2
Bom e velho (e aqui desgastante) deadpan. Começa pan, inclusivo, multiculti, toda-a-vida-humana-tem-seu-espacinho, termina dead, basta!; trata-se da mesma vida humana atrás da outra (da mesma), o mesmo "ninguém me entende" e "daqui a pouco eu vou" da mesma mulher com camisa de estampa de onça. Talvez o sonho
puxa-toalha do velhote tenha dado o tom errado para as próximas seqüências: menos que achar ímpeto e picardia no discreto charme da porcelana da burguesia (ou, à O fantasma da liberdade, em qualquer outra coisa), o filme se contenta com o pueril, pg-13, pá-pum. Volta aos eixos, enfim, na dreamy cena da lua-de-mel no finzinho. Literalmente dreamy, o que só deixa antever a sempre presente necessidade de chocar as instâncias pública e privada da vida com os paralisantes e gélidos efeitos da incomunicabilidade para a realidade, e confete-carnaval-let's-get-it-on para os devaneios (algo enervante, especialmente para um filme que dá a qualidade imaterial, cores pastel lavadas, de sonho para todas as situações, ou assim pretende). Esses projetos-de-esquete são alinhavados pela generosa bênção do é-só-cortar-pro-próximo, e aqui "o próximo, por favor" ultrapassa o "peraí, deixa mais um pouquinho". A caipirinha chegou à Suécia, quem disse que não.

139. (27 set) SOL SECRETO (Lee Chang-dong, 2007)* ****
Adaptado do MSN: O Guilherme irmão do Furtado não gostou. Sentei-me ao lado dele, o cara com aquela respiração pesada de resfriado que só um filme hipnótico deixa irrelevante. (Réplica: "Ele e o irmão são 'conhecidos' por isso.") Poderosíssimo. Sim, aquele era eu, sem me mexer, no assento.

140. (27 set) O PODEROSO CHEFÃO (Francis Ford Coppola, 1972)* ****1/2
Adaptado do MSN: Lindo, trekkies cantavam a música-tema. Ilda Santiago (acho que era a dita) inquiriu: "Quem aqui nunca viu OPC?" Eu não levantei a mão. E eu finalmente entendi uma referência de Gilmore ao filme. As duas, no primeiro episódio da temporada 4, planejam rever a trilogia, e, no meio do nada, Lorelai fala "monday, tuesday, thursday" com sotaque siciliano. Nunca entendi porque wednesday foi pulado até poucas horas.


141. (28 set) O BOM, O MAU, O BIZARRO (Kim Ji-woon, 2008)* **1/2

142.
(28 set) /NA CIDADE DE SYLVIA/ (José Luis Guerín, 2007)* *****
"We're only good at brief encounters, walking around in European cities in warm climate", diz Julie Delpy no último filme que fez meu coração disparar, Before Sunset. Outro breve encontro, uma nova cidade européia, semelhante clima ameno e o coração numa maratona, não numa corridinha. Medalhas no peito de Guerín por permitir estupor e abstração em igual medida para um filme tão absorto nas delícias do flanar-por-aí. Primeira vez visto, fiquei desnorteado com a parte final, pós-Heart of Glass; na revisão, uma velhinha toma sundae, um grupo de amigos se banha num rio urbano, as folhas amareladas do caderninho tomam vida, "deixa o cafezinho que me deu vontade agora". Fabulosa tessitura humana, as pessoas são verdadeiramente boas de novo, é uma delícia tomar suco de maracujá, ouvir Blondie e ganhar duas cerejas colhidas há pouco do feirante. Honestamente, traga a parte B (com a árvore de vaga-lumes à tiracolo) de Mal dos trópicos para perto do lindo, mágico trem urbano que cruza Strasburgo, e você tem dois arrebatadores conceitos de setpiece. Unsquare Dance, dazzling composição do Dave Brubeck, é a experiência sonora mais próxima; o Rio é mais Strasburgo nas maravilhosas vielas e projetecos de rua entre o Arco do Teles e o CCBB. Reencenar Sylvia, rever Sylvia: Laure, eu te amo.

143.
(28 set) TRAQUINAGENS (Andrzej Jakimowski, 2007)* ***1/2

144.
(28 set) DEREK (Isaac Julien, 2008)* **1/2

145.
(29 set) SAN MICHELE AVEVA UN GALLO (Paolo e Vittorio Taviani, 1972)* ***

146.
(29 set) AQUELE QUERIDO MÊS DE AGOSTO (Miguel Gomes, 2008)* ***1/2

147.
(29 set) PLUS TARD (Amos Gitai, 2008)* **

148.
(30 set) A NOITE DE SÃO LOURENÇO (Paolo e Vittorio Taviani, 1982)* ***

149.
(30 set) A VIAGEM DO BALÃO VERMELHO (Hou Hsiao-hsien, 2007)* ****1/2

150. (01 out) O CASAMENTO DE RACHEL (Jonathan Demme, 2008)* ***1/2

N/A. (01 out) THREE TIMES (Hou Hsiao-hsien, 2005)*

151. (02 out) /BLISSFULLY YOURS/
(Apichatpong Weerasethakul, 2002) [dvd projetado] ****

152. (02 out) XIAO WU (
Jia Zhang-ke, 1997)* ***1/2

153. (03 out) NOITE E DIA (Hong Sang-soo, 2008)* ***1/2

154. (04 out) [REC] (Jaume Balagueró e Paco Plaza, 2007)* **1/2

155. (04 out) LES AMOURS D'ASTRÉE ET DE CÉLADON (Eric Rohmer, 2007)* ***

156. (04 out) PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO (Errol Morris, 2008)* **1/2

157. (04 out) /SÍNDROMES E UM SÉCULO/ (A
pichatpong Weerasethakul, 2006)* ****1/2

158. (06 out) QUATRO NOITES COM ANNA (Jerzy Skolimowski, 2008)* *1/2

169. (06 out) BALLAST (Lance Hammer, 2008)* ***

170. (07 out) GONZO: THE LIFE AND WORK OF DR. HUNTER S. THOMPSON (Alex Gibney, 2008)* ***

ZZZ. (07 out) AQUILES E A TARTARUGA (Takeshi Kitano, 2008)*

171. (08 out) SAD VACATION (Shinji Aoyama, 2007)* **

172. (08 out) TOKYO SONATA (Kiyoshi Kurosawa, 2008)* ***

173. (10 out) OM SHANTI OM (Farah Khan, 2007)* **

174. (10 out) /NA CIDADE DE SYLVIA/ (José Luis Guerín, 2007)* *****

175. (10 out) /LA MUJER SIN CABEZA/ (Lucrecia Martel, 2008)* ***1/2 [antes: ***]

176. (11 out) SLEEPING DOGS LIE (Bob Goldthwait, 2006) ***1/2

177. (12 out) VERÃO DE 2004 (Stefan Krohmer, 2006) ***1/2

178. (12 out) COME EARLY MORNING (Joey Lauren Adams, 2006) ***

179. (12 out) /MICHAEL CLAYTON/ (Tony Gilroy, 2007)* ***1/2 [antes: 61]

180. (12 out) EDMOND (Stuart Gordon, 2005) ***

181. (13 out) FUNNY GAMES U.S. (Michael Haneke, 2007)* ***1/2

182. (14 out) O BALÃO VERMELHO (Albert Lamorisse, 1956)* ****1/2

183. (14 out) O CAVALO BRANCO (
Albert Lamorisse, 1953)* ****1/2

184. (15 out) DO OUTRO LADO (Fatih Akin, 2007)* ***

185. (17 out) ELEGY (Isabel Coixet, 2008)* **1/2

186. (17 out) IN BRUGES (Martin McDonagh, 2007)* ***

187. (26 out) /PLAYTIME/ (Jacques Tati, 1967) *****

188. (27 out) MISTERIOSO OBJETO AO MEIO-DIA
(Apichatpong Weerasethakul, 2000) ***

189. (28 out) SHADOWS (John Cassavetes, 1959)* ****

c??. (28 out) REPORT (Bruce Conner, 1967) *****

190. (29 out) NOSFERATU (F.W. Murnau, 1922)* ***

191. (29 out) /AURORA/ (F.W. Murnau, 1927)* *****

ZZZ. (30 out) /A ÚLTIMA GARGALHADA/ (F.W. Murnau, 1924)* magnífico, óbvio

192. (31 out) AS FINANÇAS DO GRÃO-DUQUE (
F.W. Murnau, 1924)* ***



sábado, agosto 02, 2008

AGOSTO

119. (01 ago) STUCK (Stuart Gordon, 2007) ***1/2

120. (06 ago) BATMAN - O CAVALEIRO DAS TREVAS (Christopher Nolan, 2008)* ***

121. (16 ago) SHAMPOO (Hal Ashby, 1975) ***1/2

N/A. (21 ago) PAS SUR LA BOUCHE (Alain Resnais, 2003) [dvd projetado]

122. (21 ago) MÉLO (Alain Resnais, 1986) [dvd projetado] **

N/A. (26 ago) A GUERRA ACABOU (Alain Resnais, 1966)*

123. (27 ago) EU TE AMO, EU TE AMO (Alain Resnais, 1968)* ***

N/A. (27 ago) MURIEL (Alain Resnais, 1963)*

124. (29 ago) L'AMOUR À MORT (Alain Resnais, 1984)* ***



terça-feira, julho 01, 2008

JULHO (adicionado: A QUESTÃO HUMANA)

108. (02 jul) WALL
·E (Andrew Stanton, 2008)* ***

109. (05 jul) HOLIDAY (George Cukor, 1938) ****

110. (05 jul) A COSTELA DE ADÃO (George Cukor, 1949) **1/2

111. (06 jul) /NOBODY'S FOOL/ (Robert Benton, 1994) ***1/2

112. (11 jul) GREED (Erich von Stroheim, 1925)* ****

113. (17 jul) O SEGREDO DO GRÃO (Abdelatif Kechiche, 2007)* ****1/2

114. (18 jul) IDIOTS AND ANGELS (Bill Plympton, 2008)* **

115. (21 jul) /UMA VELHA AMANTE/ (Catherine Breillat, 2007)* **1/2

116. (24 jul) HANCOCK (Peter Berg, 2008)* ***

117. (25 jul) HEAVEN CAN WAIT (Ernst Lubitsch, 1943) ****

118. (30 jul) A QUESTÃO HUMANA (Nicolas Klotz, 2007)* **1/2


domingo, junho 01, 2008

JUNHO (últimos: canções de amor & el compadre mendoza)

088. (03 jun) QUINTETO (Robert Altman, 1977)* 1/2

089. (03 jun) /O JOGADOR/ (
Robert Altman, 1992)* ***

090. (04 jun) THE GINGERBREAD MAN (
Robert Altman, 1998)* **1/2

091. (04 jun) UM CASAL PERFEITO (Robert Altman, 1979)* ***1/2

092. (04 jun) JAZZ '34 (
Robert Altman, 1996)* ***

093. (04 jun) THE JAMES DEAN STORY (
Robert Altman, 1957)* **1/2

094. (05 jun) /NASHVILLE/ (
Robert Altman, 1975)* ***1/2

095. (06 jun) BREWSTER McCLOUD (
Robert Altman, 1970)* ***1/2

096. (09 jun) ANTES QUE O DIABO SAIBA QUE VOCÊ ESTÁ MORTO (Sidney Lumet, 2007)* ***

097. (10 jun) KANSAS CITY (
Robert Altman, 1996)* **1/2

098. (10 jun) THIEVES LIKE US (
Robert Altman, 1974)* ***1/2

099. (10 jun) 3 WOMEN (
Robert Altman, 1977)* ****

100. (11 jun) O.C. & STIGGS (
Robert Altman, 1985)* ***

101. (11 jun) HEALTH (
Robert Altman, 1980)* **

102. (11 jun) FOOL FOR LOVE (
Robert Altman, 1985)* *1/2

103. (11 jun) /MASH/ (
Robert Altman, 1970)* ***1/2

104. (12 jun) IMAGENS (
Robert Altman, 1972)* *

105. (13 jun) SECRET HONOR (
Robert Altman, 1984)* **

106. (13 jun) CALIFORNIA SPLIT (Robert Altman, 1974)* ****

107. (24 jun) CANÇÕES DE AMOR (Christophe Honoré, 2007)* **

N/A. (27 jun) EL COMPADRE MENDOZA (Juan Bustillo Oro e Fernando de Fuentes, 1934)*


quinta-feira, maio 01, 2008

MAIO (adicionado: o festival do rio chegou mais cedo)

070. (07 mai) O SONHO DE CASSANDRA (Woody Allen, 2007)* *

071. (17 mai) AS 4 AVENTURAS DE REINETTE E MIRABELLE (Eric Rohmer, 1987) ***1/2

072. (17 mai) A CARREIRA DE SUZANNE (Eric Rohmer, 1963) ***

c01. (17 mai) A PADEIRA DO BAIRRO (Eric Rohmer, 1963) ***

073. (19 mai) LONGE DELA (Sarah Polley, 2006)* **1/2

074. (20 mai) JUÍZO (Maria Augusta Ramos, 2007)* **1/2

075. (20 mai) /DUAS GAROTAS ROMÂNTICAS/ (Jacques Demy, 1967)* ****1/2

076. (22 mai) M (Fritz Lang, 1931) ****

077. (23 mai) /JUNO/ (Jason Reitman, 2007)* ***

078. (25 mai) FORT APACHE (John Ford, 1948) ****

079. (27 mai) STREAMERS (Robert Altman, 1983)* **1/2

080. (27 mai) PRÊT-À-PORTER (Robert Altman, 1994)* ***
Não sei o porquê do desprezo generalizado. Good, messy fun.

081. (27 mai) CERIMÔNIA DE CASAMENTO (Robert Altman, 1978)* ***
Se você fosse um dos curadores da mostra, diria na apresentação algo como "Mia Farrow só tem uma fala nesse filme"? É, eu sabia que não.

082. (28 mai) /GOSFORD PARK/ (Robert Altman, 2001)* ***
Dormi aqui e acolá.

083. (28 mai) /SHORT CUTS/ (Robert Altman, 1993)* ****1/2
Melhor sessão de cinema do ano. Muito mais divertido que Pulp Fiction. Começa como paródia de Safe (tem Julianne Moore!), termina com um chiste à chuva de sapos de Magnólia (inclui questão paterna!). Citar filmes subseqüentes
, além de oferecer disparates gratuitos, pouco embasa, mas não há o que escrever. Good, godly fun.

084. (29 mai) COME BACK TO THE FIVE AND DIME, JIMMY DEAN, JIMMY DEAN (
Robert Altman, 1982)* **1/2
A última sessão de cinema em cores e mais empoeirado. Na verdade, é mais Texasville: o tempo passa, as folhas caem, o Texas fica mais Barra da Tijuca e menos Tijuana, vidas reunidas anos depois de eventos-chave. Espelho simbólico come poeira do de Paris, Texas. Adormeci, e sem culpa.

085. (29 mai) /POPEYE/ (Robert Altman, 1980)* ***1/2
He needs me. Uns vêem Indiana Jones IV, outros revêem Popeye.

086. (29 mai) THE LONG GOODBYE (
Robert Altman, 1973)* ****
Lembra das cenas diurnas de Chinatown? Jack e Faye. Jack na fonte. Jack na represa. Estiagem em Los Angeles. Esqueça, Jake, é Chinatown. Mesmo na tosca projeção em dvd, a mágica aqui persiste. Filme lindamente atmosférico: de vidro no rosto à faca na narina, muito pouco mudou.
Melhor gato do cinema?

087. (30 mai) /McCABE & MRS. MILLER/ (Robert Altman, 1971)* *****
Nova melhor sessão de cinema do ano. (E provável melhor filme dos 70.) Vou ninar meu filho com Sisters of Mercy ("when you're not feeling holy, your loneliness says that you've sinned") e The Stranger Song. A neve mais branca do cinema (as de Meet me in St. Louis e Gilmore Girls chegam perto). Julie Christie em momentâneo transe de ópio num pardieiro chinês é mais evocativo de infinitude e obnubilação que a metragem inteira de Longe dela
, seu veículo-Alzheimer. A última revisão foi feita no imensamente excitante domingo anterior à minha entrada na Escola de Comunicação; agora, no meio do terceiro período, everything is falling apart (re: Rory em 5.22: A House Is Not a Home), e rever o filme me impulsiona de um estado catatônico, de um vir-a-ser que já foi para um esperançoso, luminoso vir-a-ser que está sendo. É Robert Altman como Terrence Malick: os fotogramas parecem desfilar, um após outro, diante de nossos olhos; as cenas não são confinadas a um senso de unidade narrativa, parecendo flashes muito particulares de vidas idem. Altman pretere a feitura de outro filme-mosaico, mas suas qualidades essenciais permanecem - a sobreposição de diálogos, a diversa gama de personagens etc. - para grande efeito: não apenas as falas são sobrepostas, como também cenas se fundem, incidem sobre as outras; ademais, cada personagem mira, enxerga-se no outro - e cenas com apenas um ou dois deles são praticamente polifônicas. Fora isso, é se encantar pela-última-vez-de-novo com uma cena específica: depois de confrontar o futuro algoz em termos cavalheiros, McCabe sai do prostíbulo de cabeça baixa e entra numa ladainha consigo mesmo a respeito de como ele se sentiu deslocado por lá. É ardor. É candura. É perfeição. É aplicação do código de Da Vinci no cinema: o sfumato. (A cópia lindamente surrada ajuda a borrar as linhas, os contornos, os limites, as feições, e sou agradecido.)


quarta-feira, abril 02, 2008

dentistas

ABRIL (adicionado: MARGOT AT THE WEDDING)

059. (02 abr) /I'M NOT THERE/ (Todd Haynes, 2007)* ***

060. (04 abr) /YOU CAN COUNT ON ME/ (Kenneth Lonergan, 2000) ****

061. (09 abr) /ESTAMOS BEM MESMO SEM VOCÊ/ (Kim Rossi Stuart, 2006)* ****
Garotinhos pululam por escadarias antigas e pelo telhado de um edifício residencial em Roma. Como em O ano em que meus pais saíram de férias (2006), permite-se que crianças sejam crianças. Mas o protagonista de apenas dez anos, munido de um binóculo, vai ao telhado para espairecer. Mamãe abandona o lar apenas para que possa voltar meses depois. Como em Conte comigo (2000) e A vida secreta dos dentistas (2002), permite-se que adultos configurem suas vidas como tal. E, ainda assim, estas são decisões que afetam seus filhos, apenas crianças, que testemunham um comportamento inadequado por parte de seus modelos mais imediatos. Que as crianças sejam chamadas ao conflito como já crescidas, e que os adultos se permitam acessos de raiva e gestos extremados, tanto melhor para o espectador: Estamos bem mesmo sem você é a mais sublime das ficções lançadas em 2007.
Com a mãe longe de casa, o equilíbrio da família em questão é delicado. Com sua volta, ele permanece assim. Este é um filme de difícil categorização: não se trata exatamente de um coming of age, porque o protagonista ainda está mais novo que o habitual para tanto. Ainda que existam alguns resquícios da conduta à Holden Caulfield no colégio (paixão juvenil truffautiana, aproximação com um menino surdo pós-trauma), a própria mola-mestra do filme, o retorno da figura materna, é um rito de passagem por si só, sendo encenado de modo a ser tudo menos triunfal. Sua aceitação de volta é uma decisão forçosamente partilhada pelo pai entre os dois filhos. Na verdade, tudo em Estamos bem mesmo sem você é partilhado. A experiência do menino com uma família funcional e amorosa se reflete diretamente na imagem estilhaçada que a sua própria o devolve. O abandono da competição de natação pelo protagonista só resultou em um desenlace aterrador porque se apostou toda a possibilidade de convívio familiar em uma medalha esportiva.
Estamos bem mesmo sem você é um drama doméstico inestimável. Não se desvia das situações mais pungentes e dolorosas e, ainda assim, dedica-se à criação de tempos mortos, que desnudam com destreza a vida em comunhão; também privilegia cenas bem observadas sem propósito algum que não uma preparação psicológica para o porvir. Assim, nada mais natural que os problemas financeiros perdurem, que o colega de sala mudo permaneça assim e que o status desta família seja o mesmo do princípio: são três, falta um, e os que restam estão bem mesmo assim. Entre as poucas diferenças: o presente aberto no ônibus, a reconciliação entre pai e filho consubstanciada no título original em italiano e a experiência de imersão incapaz de deixar qualquer olho seco impune.


062. (14 abr) /FORA DE JOGO/ (Jafar Panahi, 2006)*
***

063. (16 abr) MY BLUEBERRY NIGHTS (Wong Kar-wai, 2007)* **1/2

064. (21 abr) CHRISTMAS IN JULY (Preston Sturges, 1940) ****

065. (22 abr) O DESEJO LIBERADO (Matthias Glasner, 2006) ***

066. (22 abr) OLHE PARA OS DOIS LADOS (Sarah Watt, 2005) ***

067. (22 abr) HARVARD MAN (James Toback, 2001) ***

068. (26 abr) /BROADCAST NEWS/ (James L. Brooks, 1987) ***1/2

069. (31 abr) MARGOT AT THE WEDDING (Noah Baumbach, 2007) **

domingo, março 02, 2008

MARÇO

051. (01 mar) KNOCKED UP (Judd Apatow, 2007) ***

052. (02 mar) MUTUM (Sandra Kogut, 2007)* ***1/2

053. (04 mar) CHARLIE WILSON'S WAR (Mike Nichols, 2007)* ***

054. (13 mar) EM PARIS (Christophe Honoré, 2006)* ***

055. (14 mar) ANGEL (François Ozon, 2007)* **

056. (28 mar) SICKO (Michael Moore, 2007)* ***

057. (28 mar)
¡QUE VIVA MEXICO! (Sergei M. Eisenstein, 1932/79)* ***

058. (30 mar) /O GOSTO DOS OUTROS/ (Agnès Jaoui, 2000) ***


sábado, fevereiro 02, 2008

FEVEREIRO (últimos: PERSÉPOLIS etc.)

022. (01 fev) A CULPA DE VOLTAIRE (
Abdellatif Kechiche, 2000)* ***1/2

023. (05 fev) PARANÓIA (D.J. Caruso, 2007) **1/2

024. (07 fev) NO COUNTRY FOR OLD MEN (Joel & Ethan Coen, 2007)* ****

025. (07 fev) /NO COUNTRY FOR OLD MEN/ (
Joel & Ethan Coen, 2007)* ****

026. (08 fev) A BAÍA DOS ANJOS (Jacques Demy, 1963) [dvd projetado] ***

027. (08 fev) /OS GUARDA-CHUVAS DO AMOR/ (Jacques Demy, 1964)* *****

028. (12 fev) SWEENEY TODD: O BARBEIRO DEMONÍACO DA RUA FLEET (Tim Burton, 2007)* **

029. (14 fev)
/OS GUARDA-CHUVAS DO AMOR/ (Jacques Demy, 1964)* *****

030. (15 fev) LOLA (Jacques Demy, 1961)* ****

031. (15 fev) JACQUOT DE NANTES (Agnès Varda, 1991)* ***

032. (16 fev) DRAMA/MEX (Gerardo Naranjo, 2006) ***

033. (16 fev) O VIRGEM DE 40 ANOS (Judd Apatow, 2005) ***

034. (16 fev) /DONNIE DARKO/ (Richard Kelly, 2001) ****

035. (17 fev) THE BROWN BUNNY (Vincent Gallo, 2003) ***1/2

036. (17 fev) PLANETA TERROR (Robert Rodriguez, 2007) ***

037. (18 fev) THERE WILL BE BLOOD (Paul Thomas Anderson, 2007)* ***1/2

038. (19 fev) JUNO (Jason Reitman, 2007)* ***

039. (20 fev) /THERE WILL BE BLOOD/ (
Paul Thomas Anderson, 2007)* ***1/2

040. (21 fev) 3:10 TO YUMA (James Mangold, 2007)* ***

041. (21 fev) TO HAVE AND HAVE NOT (Howard Hawks, 1944) ****1/2

042. (22 fev) /NEGÓCIO ARRISCADO/ (Paul Brickman, 1983) ***1/2

043. (22 fev) ROMÁNTICO (Mark Becker, 2005) ***

044. (23 fev) /MINHA NOITE COM ELA/ (Eric Rohmer, 1969) ****1/2 [antes: 62]

045. (23 fev) OS SAPATINHOS VERMELHOS (
Michael Powell e Emeric Pressburger, 1948) ****

046. (23 fev) THE OSTERMAN WEEKEND (Sam Peckinpah, 1983) ***

047. (25 fev) PERSÉPOLIS (Marjane Satrapi & Vincent Paronnaud
, 2007)* ***1/2

048. (26 fev) EASTERN PROMISES (David Cronenberg, 2007)* ***

049. (28 fev)
/THERE WILL BE BLOOD/ (Paul Thomas Anderson, 2007)* ****

050. (29 fev)
/THE DARJEELING LIMITED/ (Wes Anderson, 2007)* **1/2 [antes: 66]


terça-feira, janeiro 01, 2008

2008 (adicionados: O LÍRIO PARTIDO etc.)

001. (01 jan) CONTO DE CINEMA (Hong Sang-soo, 2005) ***1/2

002. (17 jan) BLACK BOOK (Paul Verhoeven, 2006)* ***

003. (19 jan) THE SIMPSONS MOVIE (David Silverman, 2007) **1/2

004. (20 jan) MEET ME IN ST. LOUIS (Vincente Minnelli, 1944) ****1/2

005. (22 jan) SHORTBUS (John Cameron Mitchell, 2006)* **1/2

006. (23 jan) /OURO CARMIM/ (Jafar Panahi, 2003)* *** [antes: ***1/2]

007. (23 jan) O SOL (Aleksandr Sokurov, 2005)* **1/2

008. (24 jan) BELLE TOUJOURS (Manoel de Oliveira, 2006)* **1/2

009. (24 jan) I KNOW WHERE I'M GOING!
(Michael Powell e Emeric Pressburger, 1945) ****1/2

010. (25 jan) A CULPA É DO FIDEL! (Julie Gavras, 2006)* ***

011. (25 jan) 4 MESES, 3 SEMANAS E 2 DIAS (Cristian Mungiu, 2007)* **

012. (26 jan) THE BANK DICK (Edward F. Cline, 1940) ***

013. (26 jan) PETULIA (Richard Lester, 1968) ****1/2

014. (26 jan) BUFFALO '66 (Vincent Gallo, 1998) ***1/2

015. (27 jan) O LÍRIO PARTIDO (D.W. Griffith, 1919) ****

016. (28 jan) /PARANOID PARK/ (Gus Van Sant, 2007)* ***1/2 [antes: 77]

017. (28 jan) /PARANOID PARK/ (Gus Van Sant, 2007)* ***1/2

018. (29 jan) WESH WESH, O QUE FOI? (Rabah Ameur-Zaïmeche
, 2001)* ***

019. (29 jan) BLED NUMBER ONE (
Rabah Ameur-Zaïmeche, 2006)* ***

020. (30 jan) /A ESQUIVA/ (
Abdellatif Kechiche, 2003)* ***** [última revisão: ****1/2]

021. (31 jan) REPARAÇÃO (Joe Wright, 2007)* ** [o livro: *****]