quinta-feira, janeiro 03, 2013

2013

001. (01 jan) NO (Pablo Larraín, 2012)^ ***1/2

002. (02 jan) INFÂNCIA CLANDESTINA (Benjamín Ávilla, 2011)* *** 

003. (02 jan) TAKE THIS WALTZ (Sarah Polley, 2011)* ** 

004. (02 jan) /HAHAHA/ (Hong Sang-soo, 2010)^ *** [antes, abr 2011: ***1/2]

005. (07 jan) LIFE OF PI (Ang Lee, 2012)* ***1/2

006. (07 jan) THE IMPOSSIBLE (Juan Antonio Bayona, 2012)* **

007. (07 jan) WRECK-IT RALPH (Rich Moore, 2012)* ***

008. (08 jan) O SOM AO REDOR (Kleber Mendonça Filho, 2012)* *1/2
[um filme-mosaico centrado em cenas individuais precisa ter um grande número delas funcionando a contento, e só consigo pensar numa cena perfeitamente escrita (a da reunião de condomínio). há cenas soltas cujo deprendimento me incomoda, aqueles conhecidos tiques de cinema de autor - a mulher sozinha ouvindo queen, e.g.; a sequência da máquina de lavar é outra que não parece fazer muito sentido aqui, mas já aprendi que o cinema pernambucano valoriza a siririca como nenhum outro; outras são simplesmente insustentáveis (o patriarcão nadando com tubarões; as meninas dublando sei lá o quê à beira da piscina; a visita ao cinema abandonado, que é filmada com afeto e como homenagem - e aquele zoom out vindo diretamente dos anos 60? -, mas a quê, por quê, para quê?). a primeira metade tem coisas bacanas (o camarada arranhando o audi da mulher que lhe mandou calar a boca; a briga motivada pelas televisões, incluindo o drama das polegadas, 40 vs. 34). no entanto, há detalhes que não condizem: um pôster do sublime JACKIE BROWN deitado no quarto do playboyzinho criminoso; aquelas crianças estudando, além de inglês, mandarim... são detalhes tão pouco naturais que penso no filme como um mix dos arremedos que fazem da vida no brasil a agonia e a delícia que é, porém vistos de um ambiente bem refrigerado, supercontrolado. O SOM AO REDOR é um filme-tese que tem vergonha de parecer um; cenas soltas, laconismo dos personagens & supercoloquialidade estão ali mais como uma afronta às grandes cenas, aos discursos grandiloquentes. o filme se orgulha de ser antenado aos imaginários atuais, mas, cambaleando entre as tentativas de desmanche e a indiscutível hegemonia da estratificação social, é também um filme sobre um estado de coisas que no final parece falar da cultura do medo só para pontuar o coronelismo contemporâneo no que ele tem de mais anacrônico e perturbador (o que faz lembrar a questão franco-argelina tratada por haneke em CACHÉ, mas aqui há uma desonestidade inerente à reviravolta final que os stills que iniciam o filme e o interlúdio no campo não resolvem). o brasil pedia há anos um filme-espelho, e este filme, que timing!, vestiu com destreza a carapuça. mas ele não tem muita coisa relevante a falar sobre a classe média, ao contrário de TRABALHAR CANSA (a conversa entre patroa e empregado a respeito dos roubos dele na vendinha é muito mais memorável que qualquer interação patrão-empregado aqui) e de BENDITO FRUTO (uma comédia subestimada); e o que ele diz sobre a cultura do medo é quase risível (grades nas janelas & pesadelos com cascatas sanguinolentas e diversos pivetinhos pulando muro). a questão das milícias é muito mal resolvida (apesar de todo o aspecto "empresarial" e logístico do tal serviço ruir diante da confrontação final, da desforra histórica), mas nos dá uma boa cena: a com o hermano argentino perdido, de um vigilantismo assustador. me irrita também que este seja um filme difícil de criticar: os que o adoram, ou que o consideram "necessário" (seja lá o que isso quer dizer), se salvaguardam de ser um daqueles personagens, mortos de medo, medíocres e insatisfeitos. nossa covardia não é culpa do filme, mas ele se encontrou num nicho quase intocável de tão seguro. foi só quando o cinema explodiu em risos numa cena específica - aquela em que a moça, ao perceber que o aparelho de som de seu carro não é aquele que seu namorado recuperou, se pergunta se ele servirá em seu veículo - que entendi: as loas para O SOM AO REDOR provêm da visibilidade que ele dá às contradições mais inocentes, ao dois pesos e duas medidas mais incoerente das pequenas vilanias que aparamos e aguçamos o tempo todo. como está, é um filme-vitrine para validar a audiência que o carrega no colo - e ele tem aquele belo espelhão de motel, grande o bastante para cada um se enxergar num estilhaço. um amigo reclamou "dessa redoma que tão criando em torno do filme", e eu faço minhas as palavras dele: concordo que O SOM AO REDOR foi colocado numa redoma pelo marketing/crítica/público (é elogiado, mas não discutido), no entanto, ao contrário dele, acredito que o filme tenha sido concebido noutra.]

009. (10 jan) /LIFE OF PI/ (Ang Lee, 2012)* ***1/2

010. (12 jan) UNIVERSAL SOLDIER: REGENERATION (John Hyams, 2009) **

011. (18 jan) PREMIUM RUSH (David Koepp, 2012) ***

c01. (19 jan) THE HOUSE IS BLACK (Forough Farrokhzad, 1963) ***1/2

012. (24 jan) CLOUD ATLAS (Tom Tykwer, Andy Wachowski, Lana Wachowski, 2012)* **

013. (24 jan) DJANGO UNCHAINED (Quentin Tarantino, 2012)* ***

014. (26 jan) BEYOND THE HILLS (Cristian Mungiu, 2012)* **1/2

015. (27 jan) AMOUR (Michael Haneke, 2012)* ***1/2

016. (28 jan) THE MASTER (Paul Thomas Anderson, 2012)* **1/2

017. (28 jan) LINCOLN (Steven Spielberg, 2012)* **

018. (07 fev) SILVER LININGS PLAYBOOK (David O. Russel, 2012)* *

019. (09 fev) THE HEARTBREAK KID (Elaine May, 1972) ****

020. (09 fev) THE PROWLER (Joseph Losey, 1951) ***1/2

021. (09 fev) /ANA Y LOS OTROS/ (Celina Murga, 2003) ***1/2

022. (10 fev) SOMETHING WILD (Jonathan Demme, 1986) ****

023. (10 fev) MAGIC MIKE (Steven Soderbergh, 2012) ***

024. (10 fev) THE SECRET WORLD OF ARRIETTY (Hiromasa Yonebayashi, 2010) ***1/2

025. (10 fev) BARBARA (Christian Petzold, 2012) **1/2

026. (10 fev) THE WIND (Victor Sjöström, 1928) ****1/2

027. (10 fev) LA SIGNORA DI TUTTI (Max Ophüls, 1934) ****

028. (10 fev) MODERN ROMANCE (Albert Brooks, 1981) ***1/2

029. (10 fev) DISHONORED (Josef von Sternberg, 1931) ***1/2

c02. (10 fev) UN CHANT D'AMOUR (Jean Genet, 1950) ***1/2

030. (11 fev) THE MIRACLE OF MORGAN'S CREEK (Preston Sturges, 1944) ****

031. (11 fev) CRIME WAVE (André De Toth, 1954) ***1/2

032. (02 mar) FEBRE DE RATO (Cláudio Assis, 2011)* ***1/2

033. (03 mar) /A SEPARAÇÃO/ (Asghar Farhadi, 2011)* ***** [última revisão, mai 12: ****1/2]

034. (09 mar) CRISS CROSS (Robert Siodmak, 1949) ***

035. (09 mar) MUST LOVE DOGS (Gary David Goldberg, 2005) ***

036. (10 mar) /A FOREIGN AFFAIR/ (Billy Wilder, 1948) ***1/2

037. (10 mar) SUMMERTIME (David Lean, 1955) ****1/2

038. (11 mar) PORTRAIT OF JENNIE (William Dieterle, 1948) ****

039. (14 mar) LOVE IS ALL YOU NEED (Susanne Bier, 2012)* *1/2

040. (18 mar) HABEMUS PAPAM (Nanni Moretti, 2011)^ ***

041. (20 mar) CESARE DEVE MORIRE (Paolo Taviani & Vittorio Taviani, 2012)^ ***

042. (21 mar) THE IMPOSTER (Bart Layton, 2012) **1/2

043. (23 mar) JAGTEN (Thomas Vinterberg, 2012)* **1/2

044. (26 mar) TREMORS (Ron Underwood, 1990) ***1/2

045. (30 mar) OS NIBELUNGOS - A MORTE DE SIEGFRIED (Fritz Lang, 1924)*

c02-05. (09 abr) KINO-NEDELYA (1918/1919) & KINO-PRAVDA (1922/1925) (Dziga Vertov)*

046. (09 abr) A SEXTA PARTE DO MUNDO (Dziga Vertov, 1926)*

047. (09 abr) CINE-OLHO (Dziga Vertov, 1924)*

048. (09 abr) O DÉCIMO PRIMEIRO ANO (Dziga Vertov, 1928)*

049. (10 abr) /O HOMEM COM UMA CÂMERA/ (Dziga Vertov, 1929)* ****

050. (10 abr) ENTUSIASMO (Dziga Vertov, 1931)*

051. (10 abr) TRÊS CANÇÕES SOBRE LÊNIN (Dziga Vertov, 1934)*

052. (10 abr) CANÇÃO DE NINAR (Dziga Vertov, 1937)*

053. (16 abr) MERRILL'S MARAUDERS (Samuel Fuller, 1962)* ***

054. (16 abr) /THE NAKED KISS/ (Samuel Fuller, 1964)* ***1/2 [antes, jun 2007: 89]

055. (17 abr) PARK ROW (Samuel Fuller, 1952)* ***

056. (25 abr) THE BIG RED ONE (Samuel Fuller, 1980)* ****

057. (25 abr) EVIL DEAD (Fede Alvarez, 2013)* *

058. (25 abr) /AMOUR/ (Michael Haneke, 2012)* **** [antes, jan 2013: ***1/2]

059. (26 abr) DANS LA MAISON (François Ozon, 2012) *** 

060. (26 abr) UPSTREAM COLOR (Shane Carruth, 2013) ***

061. (30 abr) WHITE DOG (Samuel Fuller, 1982)* *** [antes, fev 2009: ****]

062. (30 abr) UNDERWORLD U.S.A. (Samuel Fuller, 1961)* ***

063. (02 mai) FIXED BAYONETS! (Samuel Fuller, 1951)* ***

064. (02 mai) THE CRIMSON KIMONO (Samuel Fuller, 1959)* ** 

065. (03 mai) HOUSE OF BAMBOO (Samuel Fuller, 1955)* **1/2

066. (03 mai) /SHOCK CORRIDOR/ (Samuel Fuller, 1963)* ***1/2 [antes, jun 2007: 73]

067. (04 mai) FORTY GUNS (Samuel Fuller, 1957)* ***1/2

068. (05 mai) DE ROUILLE ET D'OS (Jacques Audiard, 2012)* ***1/2

069. (08 mai) MÃE E FILHO (Aleksandr Sokurov, 1997)* *** 

070. (18 mai) /THE GAME/ (David Fincher, 1997) ***

071. (19 mai) WEEKEND (Andrew Haigh, 2011) ***1/2

072. (19 mai) HAROLD AND MAUDE (Hal Ashby, 1971) **

073. (27 mai) SIDE EFFECTS (Steven Soderbergh, 2013)* ***

074. (29 mai) /CABRA MARCADO PARA MORRER/ (Eduardo Coutinho, 1984)* ***

075. (29 mai) IRON MAN 3 (Shane Black, 2013)* **1/2

076. (30 mai) THE MAN WHO KNEW TOO MUCH (Alfred Hitchcock, 1934) **1/2

c06. (30 mai) LE NAUFRAGÉ (Guillaume Brac, 2009) ***

077. (31 mai) SANSHO THE BAILIFF (Kneki Mizoguchi, 1954) ****

078. (01 jun) /THE SHOP AROUND THE CORNER/ (Ernst Lubitsch, 1940) ****1/2

079. (10 jun) APRÈS MAI (Olivier Assayas, 2012)* **

080. (13 jun) GREEN FOR DANGER (Sidney Gilliat, 1946) ***

081. (15 jun) /FIVE EASY PIECES/ (Bob Rafelson, 1970) ***1/2 [antes, dez 2006: ****]

082. (16 jun) /THE EMPEROR'S NEW GROOVE/ (Mark Dindal, 2000) ***1/2

083. (19 jun) /LE RAYON VERT/ (Éric Rohmer, 1986) **** [antes, fev 2007: 78]

084. (23 jun) EL LADO OSCURO DEL CORAZÓN (Eliseo Subiela, 1992) ****1/2