domingo, dezembro 03, 2006

DEZEMBRO (fechado)

223. (02 dez) A PRAIRIE HOME COMPANION (Robert Altman, 2006)* **

224. (02 dez) /A VIDA MARINHA COM STEVE ZISSOU/ (Wes Anderson, 2004) ****1/2 [última revisão: 84]

225. (08 dez) A WOMAN UNDER THE INFLUENCE (John Cassavetes, 1974)* ****

226. (08 dez) THE KILLING OF A CHINESE BOOKIE (John Cassavetes, 1976)* **1/2

227. (11 dez) /A ESQUIVA/ (Abdel Kechiche, 2003)* ****1/2 [originalmente: 78]

228. (12 dez) O CÉU DE SUELY (Karim Ainouz, 2006)* *1/2 (concomitantemente metódico e melindroso e, talvez por isso, qualquer tentativa de transcendência, isto é: placidez, soa flácida e despropositada. os profundamente sentidos acordes de guitarra não vão me conquistar, assim como: tentativas de impulsionar a cor local nordestina baseada no ó-que-diferente [pessoas abrem a geladeira para um refresco]; câmera melancolicamente fora-de-foco pegando os pequenos pontos de luz e estourando-os; estradas empoeiradas delimitadas pela pastagem verdejante; rodoviária incentivadora do descontentamento alheio ["qual é o lugar mais longe que você pode me levar?"]; vendinhas cheias de ovos e havaianas; meninos jogando bola na pracinha comunitária; posto de gasolina abastecendo hedonismo desenfreado; sexo animalesco como escape da banalidade do cotidiano; troca de nome = troca de identidade = esforço inútil de não-existência: "eu não sou puta. eu não quero ser nada."; amigo da moto azul que diz coisas como "que merda de controle remoto" no motel; experiências girls-just-wanna-have-fun envolvendo acetona nos relembra que a protagonista é só uma garotinha de 21 anos; atenção para a ambiguidade! rifar o corpo é ter o corpo sob controle, i.e. decidir sobre o destino de algo nessa vida; nossa heroína é agredida pela avó, pelo açougueiro negro e pela sogra de um comprador da rifa seguidamente, e no entanto, ela continua seguindo em frente; cenas mulher-de-fibra com passeios noturnos sem rumo, fumando um cigarro deitada na frente de casa; A: "que tal se a gente colocar uma singela refeição como o contato final entre a protag. e demais familiares? seria discreto, veja só, a conversa simplesmente abordaria a macarronada, se está com sal na medida certa etc. daí quando a protag. elogiar o prato seria como uma mini-epifania, como um obrigadoportudoteamoparasempre." B: "sim, será tão discreto que ninguém irá notar que esse tipo de reconciliação que não parece reconciliação está completamente desgastado." A: "e vamos também surpreender a platéia suspendendo o desfecho durante intermináveis segundos, daí todo mundo pensa que nós só estamos estendendo a coisa para ceder espaço para os tão-badalados tempos mortos com ruídos naturais, pássaros gemendo, vento uivando, nada acontecendo. daí a gente surpreende e só encerra o filme quando a moto azul simbólica voltar para a cidade. daí a gente fecha o filme com créditos num fundo azul simbólico. B: "azul é uma cor plácida.")

229. (12 dez) VIOLENCE DES ÉCHANGES EN MILIEU TEMPÉRÉ (Jean-Marc Moutout, 2003)* *** (bastante engenhoso nos pequenos detalhes - como na cena em que o patriarca executivo ocupado está no celular numa loja de conveniência e liga para o filho com um boneco na mão e pergunta para o protag. qual o nome do produto, daí ele pergunta ao garoto se ele já tem o tal boneco - e um tanto óbvio em outros, como na cena final, privilegiando a informação de que o protag. arranjou uma nova mulher, ao invés de nos deixar no escuro quanto à identidade da moça visto que ela poderia ser apenas a esposa ou filha de algum chefe ou colega de trabalho, algo que já foi testado em uma cena anterior, em que o protag. tira a mulher do chefe para dançar. o relacionamento central é bem delineado, a progressão do protag. de desconfortável para a total aptidão na selva em concreto não é em nada sobressaltada, mas o que força uma reconsideração sobre essas pessoas são as cenas mais preenchendo-os-vazios, como a executiva numa entrevista de emprego abandonando a sala de espera após closes detalhados nas outras candidatas ou cunhados muçulmanos conversando sobre o elo de ligação dos mesmos [i.e. a irmã de um e a namorada do outro] ou, especialmente, na última aparição da namorada, brincando com a filha não-doente e falando "eu odeio mentir para ele."; isso é generosidade: ao permitir às duas partes adotarem medidas inequivocamente desesperadas e finalizantes, o diretor não condena a decisão do protag. pelo trabalho, apenas salientando que as escolhas de duas pessoas foram tão díspares que uma pequena mentira de um lado e a simples esquiva do outro são suficientes para o ponto final.)

230. (13 dez) O QUARTO DOS OFICIAIS (François Dupeyron, 2001)* ***

231. (15 dez) 007 CASSINO ROYALE (Martin Campbell, 2006)* ***

232. (15 dez) UM HOMEM DE VERDADE (Arnaud & Jean-Marie Larrieu, 2003)* ***1/2

233. (16 dez) /VOLVER/ (Pedro Almodóvar, 2006)* *** [originalmente: ***1/2]

234. (16 dez) ATÉ JÁ (Benoît Jacquot, 2004)* ***

235. (16 dez) DUCHAS FRIAS (Antony Cordier, 2005) **

236. (17 dez) CRIME FERPEITO (Álex de la Iglesia, 2004) **

237. (17 dez) STUPEUR ET TREMBLEMENTS (Alain Corneau, 2003) ***

238. (18 dez) DESEJO HUMANO (Fritz Lang, 1954) ***

239. (18 dez) DELITOS EM FLAGRANTE (Raymond Depardon, 1994) ****

240. (19 dez) O QUE EU FIZ PARA MERECER ISTO? (Pedro Almodóvar, 1984)* ***

241. (19 dez) STREET FIGHT (Marshall Curry, 2005) ***

242. (20 dez) /MAKE WAY FOR TOMORROW/ (Leo McCarey, 1937) *****

243. (21 dez) O ICEBERG (Dominique Abel, Fiona Gordon & Bruno Romy, 2005) ***

244. (21 dez) FIVE EASY PIECES (Bob Rafelson, 1970) ****

245. (22 dez) BAGDAD CAFE (Percy Adlon, 1987) ***

246. (24 dez) O TEMPO QUE RESTA (François Ozon, 2005)* ***

247. (24 dez) APRILE (Nanni Moretti, 1998) ***

248. (25 dez) O AMIGO DO DEFUNTO (Vyacheslav Krishtofovich e Leonid Boyko, 1997) ***1/2

249. (25 dez) AMIGAS COM DINHEIRO (Nicole Holofcener, 2006)* ***

250. (25 dez) AS COISAS SIMPLES DA VIDA (Edward Yang, 2000) ****1/2


251. (26 dez) THE LODGER (Alfred Hitchcock, 1927) **

252. (26 dez) /OS IMORAIS/ (Stephen Frears, 1990) ***

253. (27 dez) POPEYE (Robert Altman, 1980) ***

254. (27 dez) OS CHEFÕES (Abel Ferrara, 1996) ***1/2

255. (27 dez) DESENCANTO (David Lean, 1945) *****

256. (28 dez) DOWN IN THE VALLEY (David Jacobson, 2005) ***

257. (28 dez) A PROPOSTA (John Hillcoat, 2005) ***

258. (29 dez) /DESENCANTO/ (David Lean, 1945) *****

259. (29 dez) /VÔO NOTURNO/ (Wes Craven, 2005) ** [originalmente: 58]

260. (30 dez) PAI E FILHO (Aleksandr Sokurov, 2003)* *

261. (30 dez) THE HOLIDAY (Nancy Meyers, 2006)* ***

262. (30 dez) O CROCODILO (Nanni Moretti, 2006)* ***1/2