quarta-feira, julho 21, 2004

BERLIM FICA NA ALEMANHA

44 (comeback triunfal, como o final de Sunset Blvd. excetuando a ironia desconcertante)

Genérico Gênero do Recomeçando Após 11 Anos De Reclusão (Como O Termo Prisão É Conhecido Em Celulóide) Em Uma Alemanha Completamente Reformulada Política-Socialmente Devido A-Craseado Queda Do Muro De Berlim. Chega, é cansativo (e não muito recompensador) fazer essas maiúsculas alegóricas; na pior acepção, claro. É, um homem-qualquer é preso (homicídio doloso Sem Querer, sabem? "Eu não medi a minha força, Autoridade!"), -- 11 Anos Depois -- liberto, encontra todas as suas referências apagadas e sua família anterior desemembrada (leia: sem lugar para o dito), daí encontra seus amigos de cela, uns caras chatos freqüentadores assíduos de bares, se hospeda em uma sex shop/ponto de drogas (= péssimo para a condicional), tem o apoio da (ex-)mulher (não aqueeeele, entretanto) mas seu atual namorado/parceiro/marido/ficante sente que sua posição de Rei do Lar está ameaçada e ele faz Maldades Injustas e Inconseqüentes com nosso protagonista, que sofre, lima, teima, sua como naquele poema parnasiano. Ah, ele luta também para conquistar o amor do filho etc. Agora, existe uma metáfora (geralmente a genuína mão na roda desse tipo de produção) instigante (talvez porque seja colocada ao lado do conjunto pálido, inodoro, enfim, características da água): a licença para dirigir um taxi como via de controle manual do novo e limitado cotidiano, percorrendo itinerários desconhecidos formalmente, já que os nomes das ruas/avenidas se modificaram, mas não geograficamente (memória visual etc.), uma fagulha de intimidade e contato com a vida anterior.

 

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